Ler não pode ser uma obrigação. Nenhum professor vai criar hábito de leitura em seus alunos fazendo avaliações sobre uma obra literária que não combina com a faixa etária e a preferência de sua classe. Não conheço ninguém que tenha gostado logo “de cara” de Machado de Assis sem antes ter experimentado uma revista em quadrinhos ou um pequeno livro de aventuras.
Ler é um prazer. E se não for, não adianta improvisar. Ninguém pode dizer ao outro: “você precisa gostar de ler”. Ou se gosta ou não se gosta. Mas pode ser cultivado desde a primeira infância. Todo pai que comprou livrinhos plastificados para a criança brincar no banho, que deixou livros e revistas esparramados no quarto dos filhos junto com outros brinquedos ou que leu para os pequeninos dormirem; sabe que plantaram a semente da leitura.
Ler não é apenas decodificar os símbolos de nossa língua. Este tipo de leitura se faz mecanicamente, displicentemente e sem sentir o sabor. Saberes e sabores se encontram quando nos desligamos de tudo e entramos no universo criado pelo escritor.
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