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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Uma crítica aos ditados populares



Bendito povo e seus ditos populares

Ditados populares não devem ser verdadeiros, afinal, não dá pra ser popular e falar a verdade. Todo mundo conhece algum velho ditado, velho e surrado de tão usado. E todo mundo usa de vez em quando uma expressão destas. São ditos (meu São Benedito) que o povo fala e dizem que é verdade absoluta. “A voz do povo é a voz de Deus” : este é um ditado que define o ditado, ou seja, se o povo fala então é verdade. Mentira! O povo mente tanto! Quem já pesquisou estes ditados? Quem já viu as estatísticas?

Aliás, o vocábulo “ditado” me remete aos antigos ditados da escola, onde a professora ditava palavras e os alunos registravam sem pensar no que escreviam. Com todo respeito à cultura popular, às crendices e sem respeito às cretinices, ouso analisar alguns destes ditados. 

Por exemplo: “O apressado come cru” – errado e fora de moda, só valia na época em que não havia microondas. Outro: “Quem espera sempre alcança” – alcança o que? Correndo já está difícil alcançar qualquer coisa. Pode esperar sentado, quem espera senta e cansa. E aquela tão graciosa que diz que “A esperança é a última que morre”? Acreditar neste ditado é desesperador para quem começa a namorar uma moça e descobre que a mãe dela se chama Esperança – vai ter sogra por um bom tempo. “Quem não tem cão caça com gato”. Quem caça com gato? Ninguém. Este além de bobo é ignorante, quem vive repetindo esta frase, não sabe que na origem a frase era: “Quem não tem cão, caça como gato”- este sim, eu gosto, gato é esperto, se esgueira pelos becos, e dá golpes certeiros. Se eu fosse caçador e não tivesse cachorro, gostaria de caçar como um gato. “Quem não vive para servir, não serve para viver”- meio piegas e serve para os garçons.  Tem um que o povo diz (ah este povo!) que é chinês. Só se for do tempo em que o milenar povo chinês ainda não sabia Matemática: “Se caíres 7 vezes, levante-se 8”. Como assim? Fica com uma “levantada” em haver, esperando cair de novo? Prefiro o que diz aquele velho deitado: “Ai que dor nas costas”.

Eu poderia passar horas criticando estes ditados, mas não tenho tanto espaço assim nesta coluna, assim fica pra outra ocasião. Por enquanto fica o dito por não dito, que ninguém me critique, pois “quem com ferro fere, com o ferro será ferido”. Que não repassem sem os créditos “pois quem conta um conto aumenta um ponto” e não digam que eu deveria escrever melhor sendo um professor, afinal: “casa de ferreiro espeto de pau”.

Um comentário:

  1. Muito bem elaborado esse texto, muito embora a fonte tenha me incomodado um pouco, não gosto de ter que ficar "rolando" o mouse o tempo todo para ler um texto. Creio que deva diminuir a fonte do texto para caber mais em cada pixel, fica a dica.

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